Era uma vez uma menina alegre e ativa, que sabia bem o que queria. Ela ia para onde precisasse e, simplesmente, fazia. É que ela sabia se conectar ao Amor de seu coração e, a partir daí, sabia qual deveria ser sua Ação.
Mas um dia ela foi calada, tolhida, ignorada por alguém que ela amava. Sentiu-se insignificante… um nada. E pior… sentiu que se dissesse sua opinião ou colocasse claramente sua emoção entraria em um conflito que a fragmentaria.
A partir de então o muro passou a ser sua morada. Dele não descia. Não escolhia. Só concordava com o que quer que os outros quisessem e sempre dizia que estava tudo bem. As vontades dela? Não importavam mais. Desde que ela mantivesse a paz. Porque evitando conflitos, ela estaria segura.
Um dia ela ficou cansada. Sentia que não tinha mais forças. Era como se todas elas tivessem sido usadas para manter uma paz externa enquanto explodia em si uma guerra interna. Ela pensou em desistir de tudo… até da vida.
E no meio de sua escuridão ela viu uma luz. Parecia um Anjo. Ela achou curioso e chegou perto. Era uma criança doce, alegre, ativa e assertiva. E mesmo sabendo o tanto de passividade e estagnação que a menina, agora crescida, estava manifestando, aquela criança só enxergava a força da ação que emanava de seu gigante coração.
E assim, a menina-moça despertou da escuridão, aceitou aquela mão, dissipou toda a energia que a fazia viver na procrastinação, no medo de se posicionar e se permitiu se reencontrar com ela mesma, sua Essência. Essa que emana Amor e preza pela harmonia e União mas sem abrir mão de fazer e dizer o que preciso for para materializar a genuína, externa e interna Paz que tanto almeja seu coração. Fim.